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Boa Vista entra em pesquisa nacional e registra alto custo da cesta básica

Dados do Dieese e da Conab mostram que quase metade do salário mínimo local foi gasto com itens essenciais.

Boa Vista entra em pesquisa nacional e registra alto custo da cesta básica
Luana de Oliveira
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Boa Vista agora está no radar da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, conduzida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A inclusão do estado no levantamento foi oficializada nesta quarta-feira (20), durante o lançamento da parceria entre a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o Dieese, realizado na Superintendência Regional da Conab em Roraima.

Além de Roraima, outros nove estados que estavam fora da amostra também passam a contar com dados mensais sobre o custo da alimentação básica: Maranhão, Amazonas, Rondônia, Acre, Amapá, Tocantins, Mato Grosso, Alagoas e Piauí.

De acordo com os primeiros resultados apresentados, referentes aos meses de junho e julho de 2025, Boa Vista registrou um custo de R$ 712,83 para a cesta básica no último mês, o segundo maior valor entre os estados recém-incluídos, ficando atrás apenas de Palmas (TO), onde o custo foi de R$ 715,77.

A supervisora técnica do Dieese no Distrito Federal, Mariel Lopes, explica que o levantamento permite entender o impacto real da inflação alimentar no dia a dia dos trabalhadores.

“A cesta básica é um indicador sensível, que mostra como a população tem acesso, ou não, aos alimentos essenciais. Com a entrada desses estados, conseguimos ter um retrato mais justo e completo do Brasil”, afirmou Mariel.

Atualmente, um trabalhador em Boa Vista, que recebe um salário mínimo de R$ 1.518,00 e cumpre uma jornada mensal de 220 horas, precisa dedicar cerca de 103 horas e 19 minutos apenas para pagar pela cesta básica. Isso significa que quase metade da renda é comprometida com alimentação mínima, sem considerar demais despesas familiares.

Segundo o superintendente regional da Conab em Roraima, Pablo Melo Júnior, a parceria com o Dieese marca uma nova etapa para a formulação de políticas públicas mais alinhadas à realidade local.

“Esses dados são fundamentais para subsidiar decisões sobre programas sociais, salário mínimo regional e até estratégias de abastecimento. Roraima passa agora a ter mais visibilidade e instrumentos para agir com base em evidências”, destacou o superintendente.

FONTE/CRÉDITOS: Luana de Oliveira
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