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Boa Vista envolvida em "nuvem" prejudicial à saúde devido a incêndios florestais em Roraima

Nova nuvem de cinzas provenientes de queimadas nas cidades de Roraima afeta qualidade do ar na capital, atingindo níveis alarmantes.

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Na tarde de domingo (24), a capital de Roraima, Boa Vista, foi envolvida por uma densa cortina de "nuvem cinzenta", resultado dos incêndios florestais que assolam diversas regiões do estado. A qualidade do ar noturno atingiu níveis preocupantes para a saúde humana, conforme dados alarmantes da plataforma Selva, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA).

De acordo com os registros da plataforma, por volta das 18h36, a concentração de partículas nocivas no ar alcançou a marca de 334,5 microgramas por metro cúbico, muito acima do limite considerado seguro pela escala de 0 a 160 µg/m3. Esta nova nuvem de cinzas afetou vários pontos da cidade, incluindo os bairros Cauamé, Aeroporto, Centro, Caçari, Paraviana, Canarinho, Centenário, Jardim Primavera, Senador Hélio Campos e Pintolândia.

Esta não é a primeira vez que Boa Vista enfrenta problemas relacionados à qualidade do ar neste ano. No dia 12 de março, a cidade já havia alcançado o pior índice do ano, com uma concentração de mais de 125 microgramas por metro cúbico, classificada como "extremamente prejudicial à saúde". Na noite anterior, em 11 de março, os níveis já estavam elevados, atingindo 119,5 microgramas por metro cúbico.

Os incêndios florestais, responsáveis pela fumaça que agora cobre Boa Vista, têm origem em diversas cidades de Roraima, bem como em regiões vizinhas como a Guiana e o Suriname. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) revelam uma situação alarmante, com 1.256 focos de queimadas na Guiana e 369 no Suriname, enquanto Roraima contabilizou 3.973 focos. Esses números representam mais que o dobro dos focos somados dos dois países vizinhos.

O estado de Roraima enfrenta uma estação seca intensa, conhecida como "verão amazônico", que se estende de outubro a março. Dezembro e janeiro, os meses mais secos, registraram chuvas significativamente abaixo do esperado, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Em janeiro, apenas 4,2 mm de chuva caíram, correspondendo a apenas 14% do previsto, enquanto em fevereiro foram registrados apenas 6,8 mm, representando meros 21% do esperado.

A seca prolongada contribuiu não apenas para os incêndios devastadores, mas também para o esgotamento dos reservatórios de água que abastecem cidades como Pakalema, no norte, e San Luis, no sul, deixando os moradores sem acesso à água corrente. Diante dessa grave situação, o governo do estado declarou estado de emergência em 9 das 15 cidades de Roraima afetadas pela forte estiagem, medida que foi reconhecida pelo governo federal.

FONTE/CRÉDITOS: g1 RR
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