A Polícia Civil de Roraima (PCRR), por meio da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), cumpriu nesta quarta-feira (28) um mandado de busca e apreensão na residência de uma empregada doméstica de 25 anos, identificada pelas iniciais J.M.P.S. Ela é investigada por envolvimento com pedopornografia e uso de falsa identidade. A ação foi realizada no bairro Nova Cidade, sob coordenação do delegado adjunto da DPCA, Matheus Rezende.
A investigação teve início em fevereiro, após uma jovem de 24 anos registrar boletim de ocorrência relatando ter sido procurada por um homem de Goiânia (GO). Ele afirmava manter um relacionamento virtual de dois anos com uma mulher que, supostamente, usava fotos da jovem em um perfil falso nas redes sociais.
Durante o contato com o homem, a vítima foi informada de que a falsa namorada teria enviado dados pessoais, o suposto local de trabalho da jovem e, de forma mais grave, imagens e vídeos de crianças — incluindo uma foto de um menino nu.
Com base nas informações fornecidas, a jovem foi até o endereço mencionado e encontrou a proprietária da residência, que reconheceu a descrição da suspeita como sendo sua ex-funcionária, J.M.P.S. Segundo ela, a investigada trabalhou como cuidadora de seus filhos até novembro de 2024. A mulher também confirmou que a criança na imagem despida era seu filho, de 7 anos.
Diante da gravidade do caso, a DPCA solicitou à Justiça o mandado de busca e apreensão de dispositivos eletrônicos pertencentes à investigada, que também foi interrogada. No depoimento, ela admitiu ter fotografado a criança durante o banho, mas negou ter enviado a imagem ao suposto namorado virtual.
Apesar da negativa, o delegado Matheus Rezende afirmou que apenas produzir ou armazenar esse tipo de conteúdo já configura crime grave, conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
“A simples captura e posse de conteúdo pornográfico envolvendo criança é uma infração grave prevista em lei”, destacou o delegado.
A investigação também apura o uso indevido da imagem de terceiros e a possibilidade de aliciamento digital. O celular da investigada foi apreendido e será encaminhado para perícia. O relatório final será enviado ao Poder Judiciário.
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