Um dia após a cúpula virtual que marcou o encerramento da presidência da Índia no G-20, o presidente Lula instalou, nesta quinta-feira, a Comissão Brasileira do bloco, composto pelas 19 maiores economias do mundo, mais União Africana e União Europeia.

Em uma reunião, no Palácio do Planalto, o presidente Lula anunciou que começa a comandar o G-20, na próxima semana, em primeiro de dezembro. Diante de ministras, ministros e parlamentares, ele disse que este deve ser o mais importante evento internacional que o Brasil vai coordenar.

Também destacou a prioridade que vai dar ao combate à desigualdade no mundo, às mudanças climáticas e sobre a governança global. Neste ponto, ele defendeu acesso mais justo de países em desenvolvimento a créditos para investimentos.

O ministério das Relações Exteriores vai ficar responsável por organizar a agenda do G-20 e disponibilizar a logística para os encontros e as pautas. Durante a instalação da Comissão Nacional, ao lado do presidente Lula, o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, disse que a presidência brasileira é uma grande oportunidade para o Brasil.

O ministro de Relações Exteriores também anunciou que a pasta vai coordenar um eixo do G-20 composto por 15 grupos de trabalho, incluindo meio ambiente, agricultura, tecnologia, educação, saúde, comércio, entre outros.

Mauro Vieira também anunciou que, durante a presidência brasileira, serão criados no G-20 duas forças tarefas: uma aliança global contra a fome e a pobreza e outra contra as mudanças no clima.

Para o ano que vem, o ministro de Relações Exteriores já programou a agenda: janeiro e fevereiro, reuniões com os demais países, por videoconferência, dos 15 GTs. De março a junho encontros presenciais nas cidades brasileiras. E reuniões presenciais com os ministros da comissão nacional, entre agosto e outubro de 2024. Tudo como preparação para o evento máximo do G-20, que é a cúpula dos líderes, marcada para 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.