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Roraima desenvolve sistema para rastrear golpes virtuais no país

Plataforma inédita da Polícia Civil identifica padrões de estelionato e facilita integração nacional nas investigações.

Roraima desenvolve sistema para rastrear golpes virtuais no país
Ascom/PCRR
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A PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio do NI (Núcleo de Inteligência), desenvolveu e implantou o FraudBase, plataforma inédita que permite identificar e vincular crimes de estelionato praticados em ambiente digital. A ferramenta já está em funcionamento no Estado e será apresentada ainda este mês ao Conselho Nacional dos Chefes de Polícia, com a proposta de integração nacional.

O FraudBase foi criado sob a coordenação do agente de polícia e diretor do NI, Ricardo Pedrosa, para solucionar um problema recorrente nas investigações: os golpes virtuais cometidos por um mesmo autor, mas registrados em diferentes delegacias, sem correlação imediata.

“Com o sistema, conseguimos identificar rapidamente o modus operandi e vincular casos aparentemente isolados, o que agiliza a investigação e o desmantelamento de redes criminosas”, explicou Pedrosa.

"Muitos golpes tinham origem fora de Roraima, às vezes o telefone, dados bancários ou até o nome usado pelo criminoso vinham de outro estado. Então, vimos que era necessário criar uma base que englobasse todo o país”, acrescentou.

Inicialmente voltado para demandas locais, o FraudBase foi expandido, por determinação da delegada-geral da PCRR, Darlinda de Moura Viana, para integrar investigações de outros estados. Ela destaca que o sistema permitirá identificar rapidamente criminosos que aplicam golpes em diferentes regiões, muitas vezes utilizando informações recorrentes nas transações.

"Se um golpista comete um crime aqui em Roraima e, em seguida, pratica golpes semelhantes em outros estados, repetindo dados ou padrões para receber transferências, os policiais vão conseguir identificar o padrão e rastrear esse criminoso. Isso é fundamental para desarticular redes que se aproveitam das plataformas digitais para enganar vítimas em todo o Brasil”, afirmou Darlinda de Moura Viana.

Ainda neste mês de agosto, durante a reunião do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia, a delegada-geral apresentará oficialmente o FraudBase aos chefes das Polícias Civis de todo o país. A proposta é que todas as instituições estaduais tenham acesso à plataforma e possam alimentá-la com dados locais, permitindo que investigadores de qualquer parte do Brasil identifiquem rapidamente o modus operandi de organizações criminosas envolvidas no crime de estelionato virtual.

"A ideia é integrar o Brasil inteiro. Quando todos os estados passarem a inserir seus dados, vamos conseguir mapear e desarticular organizações que atuam em vários lugares ao mesmo tempo”, destacou o diretor do NI.

De acordo com dados da PCRR, nos últimos anos houve um aumento de 400% nos casos de estelionato virtual no estado. Para Pedrosa, a agilidade na troca de informações entre os estados é estratégica.

"O golpe virtual é mais vantajoso para o criminoso, porque ele aplica sem sair de casa, e o dinheiro obtido muitas vezes é usado para financiar drogas e armas. Quanto mais rápido identificarmos e cruzarmos as informações, mais eficaz será o combate a esse tipo de crime”, concluiu Pedrosa.

FONTE/CRÉDITOS: SECOM RORAIMA | Sandra Lima
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