O Governo de Roraima, por meio da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima) e da Femarh (Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos), iniciou tratativas conjuntas para o controle do crescimento de javaporcos e porcos ferais no Estado. A reunião ocorreu na manhã desta quarta-feira, 27, na sede da Aderr, e teve como objetivo traçar planos e ações estratégias para reduzir os impactos causados pela praga invasora.
A presença dos animais já representa risco para a agricultura, ao meio ambiente e a saúde pública. De acordo com o chefe do Programa de Sanidade Suína da Aderr, Murilo Dias, atualmente em Roraima há uma população estimada entre 15 e 20 mil javaporcos, com maior concentração nos municípios de Alto Alegre, Bonfim, Amajari, Cantá e áreas rurais de Boa Vista.
Dados do Sistema de Informação de Manejo de Fauna do Ibama apontam crescimento significativo nas autorizações de caça e registros de abates: de 6 autorizações e 32 abates em 2021, para 67 autorizações e mais de 250 abates em apenas sete meses de 2023.
Segundo Murilo Dias, além de destruir lavouras de milho, soja, algodão e cana-de-açúcar, os javaporcos podem transmitir doenças como febre aftosa, peste suína, raiva e outras zoonoses que podem afetar a população.
“A tendência, caso não haja uma ação eficaz, é que a praga aumente drasticamente. Outro problema é a presença de animais híbridos, resultado do cruzamento entre javalis e porcos soltos em fazendas. Esses animais são maiores, mais resistentes e se reproduzem de forma mais acelerada, o que dificulta ainda mais o controle”, explicou.
Com esta ação conjunta a Aderr e a Femarh buscam intensificar as medidas de fiscalização, manejo e sensibilização para minimizar os prejuízos econômicos e ambientais, além de garantir segurança à população e aos produtores rurais.
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