Reportar uma notícia, um fato ou um acontecimento não é tarefa fácil. Apurar aqui, correr ali, conversar com as fontes acolá, tudo isso e muito mais faz parte da rotina de um repórter. Em um veículo de comunicação, seja ele impresso, na TV, no rádio ou internet, o trabalho do repórter é essencial, mas, para isso, ele precisa ter um amplo conhecimento sobre como apurar os fatos, saber conversar, saber fazer as perguntas certas no momento certo, saber inovar, saber falar em público e ter muitas outras técnicas acerca da comunicação. O repórter precisa se inteirar muito bem sobre o assunto que irá falar, seja para discussões políticas, sociais ou religiosas, pois nem todos os comunicadores dominam o contexto em que está inserido.
A história do repórter remonta ao século XV com a iniciativa revolucionária do alemão Johannes Gutenberg, que transformou a imprensa com uma nova técnica de impressão usando máquinas. Antes disso, a impressão era manual, e foi com a invenção de Gutenberg que surgiu a oportunidade para a criação dos jornais modernos e, consequentemente, para o surgimento dos primeiros repórteres.
No Brasil, a figura do repórter se consolidou no século XIX, com o surgimento dos grandes jornais impressos. Já no início do século XX, os jornais começaram a dedicar um espaço considerável às grandes reportagens, muitas delas com importantes investigações, informações, pesquisas e uma narrativa diferente do que o leitor estava acostumado. Ao longo da história, os repórteres enfrentaram períodos difíceis, especialmente durante a Ditadura Militar (1964-1985), quando foram vítimas de censura e perseguição política. Infelizmente, esses desafios persistem até os dias atuais, como refletido no Ranking Mundial de Liberdade de Imprensa de 2020, onde o Brasil ocupou o 107º lugar de 180 países.
No entanto, seja no jornalismo tradicional ou na comunicação religiosa, a missão do repórter permanece a mesma: comprometer-se com a verdade. Como ressaltou o Papa Francisco em sua carta para o 52º Dia Mundial das Comunicações Sociais, em 2018, "a verdade vos tornará livres (Jo 8, 32) – Fake News e jornalismo de paz". O compromisso com a verdade e a responsabilidade na busca pela informação são fundamentais para promover um jornalismo de paz, que contribua para o diálogo e para o bem comum.
Neste Dia do Repórter, celebramos não apenas o trabalho árduo e dedicado desses profissionais, mas também reafirmamos nossa responsabilidade coletiva em apoiar e valorizar um jornalismo comprometido com a ética, a integridade e a busca pela verdade, contribuindo assim para uma sociedade mais informada, justa e democrática.
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