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Ibama leva oficinas sobre mudanças climáticas para comunidades de Roraima

Evento, destinado a indígenas e assentados rurais, compartilhou conhecimento técnico para redução de perdas na agricultura.

Ibama leva oficinas sobre mudanças climáticas para comunidades de Roraima
Divulgação/Ibama
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Para aliar conhecimento técnico e científico com os saberes tradicionais, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) promoveu oficinas ambientais sobre mudanças climáticas para comunidades do interior de Roraima. A equipe do Ibama percorreu três áreas de assentamentos e três comunidades das terras indígenas Wai Wai e Raposa Serra do Sol, mobilizando a participação de 180 pessoas.

“O objetivo foi esclarecer para os trabalhadores rurais e indígenas as consequências das mudanças climáticas e estimular ajustes nas práticas agrícolas, a fim de garantir a segurança alimentar, acesso a água potável e redução de perdas econômicas”, destacou a técnica da Equipe de Educação Ambiental do Ibama, Airlene Carvalho.

Durante os encontros, os participantes conheceram o Sistema Agroflorestal (SAF), método de produção que combina árvores com culturas agrícolas e animais em uma mesma área. “Esse é um modelo sustentável que permite recuperar áreas desmatadas ou degradadas sem a necessidade de derrubar a floresta, revitalizando o solo, a água e a biodiversidade, além de gerar renda com a venda de produtos agrícolas e florestais”, explicou o pesquisador Haron Xaud.

As oficinas de educação ambiental abordaram, ainda, as consequências dos incêndios florestais. “É necessário levar informação sobre os tipos de biomas que são sensíveis ao fogo, como a Amazônia, e mostrar aos trabalhadores rurais que é possível substituir o fogo por alternativas sustentáveis e, assim, evitar incêndios e a emissão de gases de efeito estufa”, explicou a técnica ambiental do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), Marlene Pinho.

Outro tema tratado foi a destinação das embalagens dos defensivos agrícolas utilizados nas plantações. “É importante informar e sensibilizar sobre os impactos do descarte inadequado desses recipientes, que, além de poluir rios e solo, prejudica a saúde de quem manuseia esse tipo de material perigoso”, alertou Edilene Araújo, representante da empresa Campo Limpo, que ofereceu parceria para a execução da logística reversa, por meio do recolhimento dessas embalagens, conforme a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305/2010).

Impactos da mudança de clima

Nas comunidades indígenas, as lideranças afirmam que já sentiram as consequências das mudanças climáticas, como a seca prolongada e a falta de água no período de verão, entre setembro e março. O segundo tuxaua da comunidade Xaary, Enoque Wai Wai, disse que a oficina de educação ambiental do Ibama trouxe o esclarecimento que eles precisavam. “A gente aprendeu como prevenir os incêndios, o que é bom para nossa comunidade, pois é uma forma de fortalecer a nossa terra. Vamos passar esses conhecimentos para os nossos filhos e netos”, anunciou o líder indígena.

Importância da educação ambiental

Essas oficinas foram conduzidas pelas equipes de Educação Ambiental, do Prevfogo e da Divisão de Administração e Finanças (Diafi) da Superintendência do Ibama em Roraima. O evento contou com a parceria do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), das secretarias do Meio Ambiente dos municípios de Cantá e Rorainópolis, e da empresa Campo Limpo, que recolhe embalagens de defensivos agrícolas para reciclagem.

A Educação Ambiental do Ibama vai além de conscientizar e sensibilizar a sociedade. “Um dos nossos compromissos é formar cidadãos para que sejam agentes de transformação e promovam práticas sustentáveis de forma compartilhada, incluindo o poder público e o setor privado”, concluiu o chefe da Unidade Técnica do Ibama no Lavrado, Joaquim Parimé.

FONTE/CRÉDITOS: Assessoria de Comunicação Social do Ibama
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