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Venezuelanas, haitianas e cubanas recebem formação de empreendedorismo feminino e equipamentos em RR

Sebrae, Serviço Jesuíta e ACNUR capacitaram mulheres migrantes para abrir e fortalecer negócios.

Venezuelanas, haitianas e cubanas recebem formação de empreendedorismo feminino e equipamentos em RR
Foto divulgação Sebrae/RR
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Venezuelanas, haitianas e cubanas. Mulheres de nacionalidades distintas, mas com o sonho de sustentar a família pelo próprio trabalho e esforço. Na ultima quarta-feira, 19, cerca de  25 integrantes do Projeto Força Mulher, do Sebrae Roraima em parceria com o Serviço Jesuítas a Migrantes Refugiados e Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados) concluíram uma trajetória de conhecimentos em empreendedorismo.
 
A data para este encerramento de ciclo não poderia ser mais oportuna. Pois no 19 de novembro é celebrado o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, estabelecido pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 2014, momento para dar-se a visibilidade aos desafios enfrentados pelas mulheres a frente dos negócios. Entre os principais obstáculos para elas estão a cor, desigualdade social, salarial e a falta de crédito para elas.
 
"Força Mulher" é uma metodologia do Sebrae Roraima e integra o Programa de Governança Empreendedora, desenvolvido pela Unidade de Políticas Públicas e Desenvolvimento Territorial. Durante cinco dias, as participantes aprenderam técnicas em marketing digital, finanças, gestão, liderança, dress cod, planejamento. Ao final, receberam equipamentos e produtos para auxiliá-las no dia a dia do empreendimento.
 
Há cinco anos no Brasil, a venezuelana Laura Sanchez encontrou na marcenaria a solução para os problemas financeiros. Mesmo com um pequeno negócio vigente, muito precisava aprender, principalmente em como gerir e manter o empreendimento em dias com a legislação brasileira.
"Foi uma experiência maravilhosa, a melhor do mundo, na verdade. Antes, eu desconhecia muitas coisas e agora eu aprendi muitas ferramentas que vão ajudar a minha marcenaria a crescer."
Revelou Laura.
A partir de agora, a Marcenaria Loami passa a ter registro. “O MEI [microempreendedor individual], ter que registar a minha empresa, eu não sabia e agora tenho meu empreendimento registrado graças a este curso aqui, além de outras coisas como economia, aprendemos como nos organizar”, complementou.
Assim como a Laura, outras participantes não contiveram a emoção de chegar ao fim e receber o apoio necessário para seguir a trilha dos negócios. A manicure venezuelana Rosa Cardozo celebrou essa conquista e agradeceu a parceria de todos os envolvidos que dedicaram tempo a ajudar a estas 25 mulheres.
 
“Fiquei surpreendida porque eu não sabia como completo esse cursa ia ser e não imaginávamos que teria finanças, marketing, comportamento pessoal, muitas coisas que não precisaríamos ter para empreender, mas graças ao Sebrae, o Serviço Jesuíta e ACNUR a gente recebeu as informações e as ferramentas que estávamos precisando”, comemorou.
 
Esta foi a primeira turma do projeto Força Mulher e os encontros ocorreram nos períodos da manhã e da tarde. “Durante a capacitação do Sebrae tivemos pontos importantes como os encontros, onde explicamos como vai ser feito o projeto e também sobre a entrega dos materiais”, explicou a analista Social Meios de Vida do Serviço Jesuíta a Migrantes Refugiados, Sandy Smile.
 
Entre os materiais entregues estiveram mesas, cadeiras, freezers, assadeiras, máquinas de costuras, panelas e utensílios para cozinha. “Dividimos por áreas, então elas estão recebendo fogões, estudas, agulhas, miçangas e entre elas há mulheres que empreendem há mais de seis meses e outras que ainda vão entrar, o projeto reforça essa questão da autonomia da mulher”, complementou.
 
A conclusão desta capacitação, na visão da assistente de Soluções Duradouras da ACNUR, Luana Trindade, reforça o dever cumprido das instituições envolvidas. “Nosso feedback é de que foi muito esclarecedor, abriu muito a mente delas tanto para o lado pessoal, quanto para o empreendedorismo, trazer essa capacitação do Sebrae focada na mulher, nos desafios de ser mulher dentro do empreendedorismo foi essencial para elas”, acrescentou.
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