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Brasil sai novamente do Mapa da Fome, segundo relatório da ONU

País melhora indicadores de acesso à alimentação e reduz insegurança alimentar grave.

Brasil sai novamente do Mapa da Fome, segundo relatório da ONU
Lyon Santos/ MDS
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A saída do Brasil do Mapa da Fome ocorre após um período crítico, registrado no triênio 2018–2020, quando o país voltou a figurar na lista devido ao aumento da insegurança alimentar grave. Entre os fatores apontados para a melhora atual estão o aumento da renda, a redução da pobreza extrema, a ampliação do acesso à alimentação escolar e o fortalecimento da agricultura familiar.

Segundo dados do IBGE e do Ministério do Desenvolvimento Social, aproximadamente 24 milhões de brasileiros deixaram a condição de insegurança alimentar grave até o fim de 2023. A pobreza extrema também caiu, atingindo 4,4% da população em 2023, o menor índice da série histórica.

A taxa de desemprego chegou a 6,6% em 2024, a menor desde 2012. O rendimento médio domiciliar per capita alcançou R$ 2.020 e o índice de Gini, que mede a desigualdade, caiu para 0,506.

Emprego, renda e inclusão

O desempenho do mercado de trabalho também contribuiu para a melhora dos indicadores sociais. De acordo com o Novo Caged, o país criou 1,7 milhão de vagas formais em 2024, sendo que 98,8% dessas vagas foram preenchidas por pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Entre os contratados, mais de 75% eram beneficiários de programas de transferência de renda.

Com a melhora da renda e da estabilidade no emprego, cerca de um milhão de famílias deixaram de receber o benefício do Bolsa Família em julho de 2025.

Indicadores e monitoramento

O Mapa da Fome da FAO considera a Prevalência de Subnutrição (PoU), que leva em conta a disponibilidade de alimentos no país, o consumo pela população e as desigualdades no acesso aos alimentos. A classificação é feita com base em médias trienais, o que ajuda a evitar distorções por eventos temporários.

Além do indicador da FAO, o Brasil também utiliza outros instrumentos, como a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) e os dados do IBGE, para orientar políticas públicas voltadas à segurança alimentar.

Outras ferramentas de monitoramento incluem a Pesquisa Nacional de Saúde, o acompanhamento nutricional de beneficiários de programas sociais nas unidades básicas de saúde e a triagem para risco de insegurança alimentar implementada em 2023.

Iniciativas internacionais

A retomada do combate à fome no Brasil também se insere no contexto da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, proposta no âmbito do G20. A iniciativa conta com a adesão de 101 países e busca promover cooperação internacional e financiamento de ações voltadas à erradicação da fome e da pobreza até 2030, em linha com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

FONTE/CRÉDITOS: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
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