O Conselho Indígena de Roraima (CIR) tem atuado de forma cada vez mais próxima às comunidades indígenas, oferecendo suporte a iniciativas que fortalecem a juventude e promovem a sustentabilidade nas regiões onde vivem. A coordenação conjunta do Departamento da Juventude, liderado por Raquel Wapichana, e do Departamento Jurídico, sob a orientação do advogado Júnior Nicacio, tem ampliado a atuação em diversas localidades do estado.
Desde o início deste ano até julho de 2025, projetos em comunidades como São Francisco (Amajari), Canauanim (Serra da Lua), Morro (Serras), Mangueira (Tabaio) e na região Raposa, dentro da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, receberam apoio para fortalecer suas ações. Cada projeto foi atendido conforme as necessidades específicas de cada comunidade, sempre com o foco de potencializar o protagonismo dos jovens indígenas, tanto dentro das aldeias quanto na relação com o mundo externo.
Os recursos investidos foram direcionados especialmente para o fortalecimento político dos jovens e para a sustentabilidade agrícola das comunidades. Isso possibilitou a compra de ferramentas, equipamentos elétricos, materiais para irrigação e outros insumos que são fundamentais para a continuidade e expansão dos trabalhos locais.
Nas aldeias de São Francisco, Canauanim, Morro e Mangueira, a atenção foi dedicada à produção sustentável. As ações contemplaram o cultivo de bananas, hortaliças, plantas medicinais tradicionais e café, com o uso de tecnologias e equipamentos que favorecem a produtividade e o manejo adequado. Um destaque importante é o projeto de avicultura Kyryky, implantado em 2020 na comunidade Canauanim, que agora avança com a perspectiva de aumentar o número de aves e a área de produção, trazendo novas possibilidades para a economia local.
Foto: Comun.Canauanim
Na região Raposa, o apoio concentrou-se no projeto regional da juventude denominado “Komannîto Eseru”, que desenvolve atividades musicais e artes indígenas. Desde 2018, o projeto envolve entre 200 e 300 jovens e promove oficinas culturais, intercâmbios entre regiões e a valorização da identidade indígena. Entre as atividades oferecidas estão tecelagem, pinturas em tecidos e corporais com tinta de jenipapo, cantos, violão e, recentemente, artes marciais. Para fortalecer essas ações, o projeto recebeu materiais para pintura, artesanato, ferramentas e insumos essenciais.
Foto: Projeto "Komannîto Eseru" (Arquivo CIR)
Com esse trabalho integrado, o CIR reforça seu compromisso de fortalecer a juventude indígena e promover um desenvolvimento sustentável que respeite as tradições e garanta a continuidade cultural das comunidades.
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