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Festival do Beijú é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Roraima

Evento valoriza a cultura alimentar indígena e fortalece a identidade das comunidades da região Serra da Lua.

Festival do Beijú é reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial de Roraima
SupCom ALE-RR – Eduardo Andrade/ Marley Lima
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O Projeto de Lei (PL) nº 18/2025, que reconhece oficialmente o Festival do Beijú como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado de Roraima, foi aprovado em sessão ordinária nesta quinta-feira(21). A proposta, de autoria do deputado Soldado Sampaio (Republicanos), destaca a importância da celebração realizada anualmente pela comunidade indígena Tabalascada, localizada no município de Cantá, região da Serra da Lua.

O Festival do Beijú celebra a mandioca, ingrediente base da culinária dos povos indígenas Macuxi e Wapichana, que transformam a raiz em beiju (tapioca), alimento tradicional passado de geração em geração. O evento é mais do que uma simples festa gastronômica: representa a reafirmação de saberes ancestrais e o fortalecimento da identidade cultural das comunidades locais.

A iniciativa do projeto teve origem no "Parlamento Jovem 2024", programa da Assembleia Legislativa de Roraima que estimula a participação política de estudantes. A proposta foi apresentada pela deputada jovem, Janete Pereira Adão, moradora da comunidade Tabalascada, e serviu de inspiração para o PL posteriormente aprovado pelos parlamentares.

Segundo a definição do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Patrimônio Cultural Imaterial envolve práticas e saberes reconhecidos pelas comunidades como parte de sua herança cultural. A Convenção da Unesco ratificada pelo Brasil em 2006 também reforça a importância de proteger essas manifestações vivas como forma de garantir continuidade e diversidade cultural.

Com o reconhecimento legal, o Festival do Beijú passa a ser oficialmente protegido e valorizado pelo Estado de Roraima, garantindo maior visibilidade às tradições indígenas e fomentando políticas públicas voltadas à preservação da cultura alimentar. A medida contribui para o respeito à diversidade e à criatividade cultural do povo roraimense.

FONTE/CRÉDITOS: SupCom ALE-RR – Bárbara Carvalho
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