O tradicional barracão Dionito Macuxi, no Centro Indígena de Formação e Cultura Raposa Serra do Sol, localizado na comunidade Barro, está recebendo, até o dia 10 de setembro, uma importante assembleia que reúne lideranças das regiões Surumu, Baixo Cotingo, Raposa e Serras, todas pertencentes à Terra Indígena (TI) Raposa Serra do Sol.
O encontro conta com a presença do Tuxaua geral do CIR, Amarildo Macuxi, do vice-tuxaua Paulo Ricardo, além de representantes dos departamentos Jurídico, Mulheres, Comunicação e Juventude. Durante esses dias, são discutidos temas cruciais para a comunidade, como monitoramento, fiscalização e vigilância territorial, turismo em terras indígenas, cooperativas indígenas e projetos de agricultura sustentável.
Na manhã da abertura da assembleia, os coordenadores regionais de tuxauas, mulheres, juventude, comunicadores, operadores em direito, mediadores do polo de conciliação, catequistas, líderes tradicionais, coordenadores do Grupo de Proteção e Vigilância Indígena Territorial (GPVIT), medicina tradicional, professores e do projeto de gado apresentam informes regionais. Cada um compartilha conquistas, desafios e perspectivas das suas regiões, promovendo uma ampla troca de informações entre as comunidades Surumu, Raposa, Baixo Cotingo e Serras.
O Tuxaua geral Amarildo Macuxi relembra a importância histórica do local:
“Aqui nesse barracão, foi feita a primeira assembleia do conselho indígena de Roraima no ano de 1971 e hoje o conselho indígena celebra os 54 anos de vida, de resistência.”
O vice-coordenador-geral da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), Alcebias Mota Constantino Sapará, destaca a relevância das discussões em curso.
“O protocolo de consulta da Terra Indígena Raposa Serra do Sol é fundamental para garantir que as decisões respeitem os direitos dos povos indígenas, fortalecendo a participação das comunidades na gestão de seus territórios e assegurando a proteção de suas culturas e modos de vida.”, reforçou Alcebias.
A assembleia reforça o compromisso das lideranças e das organizações indígenas em buscar soluções coletivas para os desafios enfrentados, promovendo a participação ativa da comunidade na gestão e preservação de suas terras, culturas e modos de vida.
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