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Preta Gil morre aos 50 anos em Nova York após luta contra o câncer

Após dois anos de batalha contra o câncer, artista não resistiu à fase mais grave da doença; país lamenta sua partida.

Preta Gil morre aos 50 anos em Nova York após luta contra o câncer
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A cantora, atriz e empresária Preta Gil faleceu neste domingo, 20 de julho de 2025, aos 50 anos, em Nova York, onde estava internada para tratamento contra um câncer de intestino. Filha do músico Gilberto Gil, Preta havia sido diagnosticada com a doença em janeiro de 2023. Após passar por cirurgia, quimioterapia e radioterapia, chegou a entrar em remissão ainda em 2023, mas enfrentou uma recidiva agressiva em 2024, com metástases na região abdominal. Nos últimos meses, ela estava sob cuidados paliativos e sendo acompanhada por uma equipe médica no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, referência em oncologia nos Estados Unidos.

A notícia da morte foi confirmada por Gilberto Gil nas redes sociais. Em nota, a família informou que está providenciando o traslado do corpo ao Brasil, onde será realizado o velório, ainda sem local e horário divulgados. A repercussão foi imediata, e diversas personalidades da música, da TV e da política prestaram homenagens à artista. O apresentador Luciano Huck, amigo próximo, lamentou profundamente a perda e afirmou que Preta “foi luz, coragem e verdade até o fim”. Já o ator Ary Fontoura declarou: “Hoje o céu ganhou uma estrela com glitter, batom vermelho e coração gigante”.

Preta Gil nasceu em 8 de agosto de 1974, no Rio de Janeiro, e era uma das figuras mais queridas da cultura brasileira. Lançou seu primeiro álbum, Prêt-à-Porter, em 2003, e rapidamente conquistou o público com sua mistura de pop, samba e MPB, além de suas letras com mensagens de empoderamento e liberdade. Ao longo da carreira, consolidou-se como símbolo da luta por representatividade — especialmente em pautas LGBTQIA+, raciais e femininas. Fundou o tradicional "Bloco da Preta", um dos maiores do Carnaval do Rio de Janeiro, que se destacou por seu clima inclusivo e pela celebração da diversidade.

Além da música, Preta também atuou em novelas e programas de televisão, e chegou a apresentar quadros no Fantástico e no Esquenta!. Em 2017, expandiu sua atuação ao cofundar a agência Mynd, voltada para o agenciamento de influenciadores e artistas, tornando-se uma referência também no mercado de comunicação digital.

A cantora sempre se mostrou transparente com o público sobre sua luta contra o câncer. Relatava o processo de forma aberta nas redes sociais, abordando tanto os aspectos físicos quanto emocionais da doença. Em fevereiro de 2025, após boatos maldosos sobre sua morte circularem online, Preta desmentiu os rumores em um vídeo com bom humor: “Estou vivíssima, gente. Que loucura!”, disse à época.

Infelizmente, nos meses seguintes, seu estado de saúde se agravou. Mesmo enfrentando a doença com força e positividade, ela não resistiu. Sua morte deixa uma lacuna na música brasileira e na cena cultural do país. O legado de Preta Gil, no entanto, permanece: uma artista que não apenas cantava, mas também inspirava, representava e lutava.

FONTE/CRÉDITOS: Luana de Oliveira
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