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Primeira despesca na Comunidade Indígena Darôra ultrapassou 2 toneladas

Com apoio da Prefeitura de Boa Vista, projeto visacapacitar os produtores das comunidades indígenas de forma sustentável e eficiente

Primeira despesca na Comunidade Indígena Darôra ultrapassou 2 toneladas
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A ceia da Sexta-Feira Santa estava garantida para a Comunidade Indígena Darôra. Na quinta-feira, 28 de março, véspera do feriado, ocorreu a primeira despesca na comunidade. Com o apoio da Prefeitura de Boa Vista, por meio do Projeto de Piscicultura do Moro-Morí, foram retirados 200 tambaquis do viveiro, aproximadamente, resultando em 2,3 toneladas.

Coordenado pela Secretaria Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas (SMAAI), o projeto tinha como principal objetivo capacitar os produtores das comunidades indígenas para a pesca, ensinando o processo correto e com maior chance de efetivação. Dessa forma, eles poderiam seguir com a produção enquanto aplicavam no trabalho os conhecimentos adquiridos durante os cursos.

"Foi muito gratificante acompanhar a despesca, pois foi um momento especial para os povos indígenas. Dava para notar a satisfação no olhar. Eles ficavam felizes em produzir o próprio alimento. Principalmente o peixe, que é cultural. A Darôra é mais uma das 17 comunidades que estamos trabalhando para atender com esse projeto", disse Guilherme Adjuto, secretário responsável pela pasta.

Antes da despesca, era necessário verificar a qualidade da água com a medição do pH, que deveria ser neutro. O técnico de piscicultura, Juarez Barros, levava as informações necessárias para as comunidades atendidas, garantindo a qualidade dos viveiros. "A equipe da Darôra se comprometeu com o projeto e mostrou um bom trabalho. Eles seguiram o que foi ensinado durante os cursos de capacitação, respeitando os horários e o manejo correto", contou.

O projeto valorizava o trabalho dos produtores por meio de recursos, afirmava o tuxaua da comunidade Darôra, Ney Mota. "Hoje era dia de festa. Nos preocupamos em um período de seca, mas o apoio da prefeitura com os profissionais da SMAAI fez com que desse tudo certo. As famílias já estavam se mobilizando para comercializar aqui na comunidade. Era isso que queríamos: fortalecer a nossa própria alimentação", disse.

Quem garantiu um bom tambaqui para fazer o almoço da Sexta-feira Santa foi Marinalda Augusto, de 53 anos. "Esse projeto é maravilhoso. Estamos aprendendo muita coisa enquanto acompanhamos a equipe. Não tinha tambaqui na Darôra, uma espécie tão conhecida no Estado, mas agora estamos produzindo. Não vamos mais precisar nos deslocar até a cidade para comprar", frisou.

MORO-MORÍ – A prefeitura trabalhou o projeto desde a escavação do tanque de engorda, 20 x 150 metros em cada comunidade indígena atendida pelo município, até a despesca com fornecimento dos alevinos, equipamentos como rede de arrasto, balança, kit reagente e conjunto motor-bomba e ração.

FONTE/CRÉDITOS: Por Bruna Norales
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