Doar órgãos é um ato de solidariedade que pode salvar a vida de quem está na fila de espera por um transplante. Por isso, a Sesau (Secretaria de Saúde) reforça a importância da doação durante o Setembro Verde.
Criada por meio da Lei 15.463/2014, o Setembro Verde é uma campanha que tem como proposta ressaltar junto a sociedade a importância da doação de órgãos no país.
Em Roraima, a CET-RR (Central Estadual de Transplantes de Roraima) é a unidade responsável pela notificação e captação de potenciais doadores, que funciona no HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento) monitorando todos os hospitais, tanto da rede pública quanto particular.
“A doação de órgãos é um ato de solidariedade que pode salvar vidas de pessoas que dependem de transplante para sobreviver ou recuperar a qualidade de vida. Uma pessoa que doa os seus órgãos pode salvar até oito pessoas. É um ato altruísta, é um ato de solidariedade para com o próximo”, afirmou a coordenadora da central, Patrícia Renovato.
O principal desafio em Roraima é a sensibilização da população, que muitas vezes não sabe como o processo funciona. No Brasil, a doação só é efetivada com a autorização familiar, por isso, é fundamental que as pessoas conversem com seus parentes e deixem claro seu desejo de serem doadoras em vida.
“O HGR é habilitado para captação de órgãos, e precisamos melhorar a baixa taxa de autorização familiar, e isso só vamos conseguir com a sensibilização das famílias, capacitando nossas equipes, a logística do transporte dos órgãos ser otimizada. A desinformação da população é algo que precisa ser vencida”, destacou.
Se por uma fatalidade, o paciente sofrer lesões neurológicas graves e irreversíveis e for diagnosticado com morte encefálica, pode se tornar um doador. Diante disso, com o consentimento da família, o Sistema Nacional é notificado pela CET e Organizações de Procura de Órgãos, que envia uma equipe de outro estado para fazer a captação.
Os pacientes do Estado que precisam de transplante são inseridos na fila única do SUS (Sistema Único de Saúde) e encaminhados por Tratamento Fora do Domicílio para hospitais que realizam o procedimento.
SISTEMA NACIONAL DE TRANSPLANTES
O Sistema Nacional de Transplante no Brasil é seguro, público e regulamentado pelo Ministério da Saúde. O fluxo ocorre por meio de uma fila única, e a ordem de transplante é definida por critérios técnicos e de urgência, sem privilégios pessoais.
Todo o processo, da notificação à captação, é monitorado por um sistema oficial, e o diagnóstico de morte encefálica é confirmado por dois médicos independentes, seguindo protocolos rígidos do Conselho Federal de Medicina.
“O Sistema Nacional de Transplante no Brasil é seguro e é o maior do mundo com o serviço público. Todas as etapas de notificação, captação, distribuição e transplante são monitoradas por sistema informatizado oficial do Ministério da Saúde pelo Sistema Nacional de Transplante. A Central Nacional de Transplante ela coordena e fiscaliza junto com as centrais estaduais de transplante”, ressaltou a coordenadora.
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