O valor médio da cesta básica em Boa Vista caiu para R$ 631,14 em agosto de 2025, uma redução de 1,8% em relação ao mês anterior. Os dados são da pesquisa mensal realizada pela CGEES (Coordenação-Geral de Estudos Econômicos e Sociais), da Seplan (Secretaria de Planejamento e Orçamento).
O levantamento monitora os preços dos principais itens de alimentação, limpeza doméstica e higiene pessoal vendidos nos supermercados da capital. O objetivo é acompanhar o custo de vida da população e oferecer subsídios para o planejamento familiar e a formulação de políticas públicas.
Entre os produtos que puxaram a queda estão a farinha de mandioca (-6,5%), a manteiga (-4,0%) e o arroz (-4,0%). Já o tomate apresentou leve alta de 1,3%. Apesar disso, tomate (15,4%), carne (14,9%) e pão (11,9%) seguem como os itens de maior peso no orçamento alimentar das famílias.
O governador Antonio Denarium afirmou que o resultado positivo é reflexo de medidas voltadas para o fortalecimento do setor produtivo.
"Estamos trabalhando para garantir mais competitividade no campo e no comércio, o que se reflete em preços mais acessíveis para as famílias roraimenses. A queda em produtos básicos mostra que Roraima está no caminho certo para oferecer segurança alimentar e melhorar o poder de compra da população", destacou.
A cesta de limpeza doméstica registrou leve aumento de 0,78%, alcançando R$ 78,59. Entre os itens, o inseticida (5,8%) e o sabão em barra (3,9%) tiveram as maiores altas, enquanto a vassoura (-4,7%) apresentou a maior queda no período.
Segundo o secretário adjunto de Planejamento e Orçamento, Fábio Martinez, os dados ajudam a compreender os desafios de cada setor e orientar ações estratégicas.
"O acompanhamento detalhado dessas cestas mostra onde estão os pontos de pressão no orçamento das famílias. É uma ferramenta fundamental para a gestão pública, que pode direcionar políticas de apoio e, ao mesmo tempo, orientar o cidadão sobre como buscar melhores preços", reforçou.
No caso da cesta de higiene pessoal, o levantamento apontou redução de 2,8%, chegando a R$ 26,92. Os destaques foram as quedas no barbeador (-5,4%), no creme dental (-5,2%) e no absorvente (-4,7%). Apenas o papel higiênico apresentou aumento no mês, de 2,5%.
Para a coordenadora da Cgees, Jádila Andressa Gomes da Silva, a pesquisa também cumpre um papel educativo. "Além de medir o impacto econômico, o estudo serve como um guia para o consumidor. Mostramos a variação de preços entre as zonas da cidade, permitindo que as famílias façam escolhas mais conscientes e encontrem alternativas mais acessíveis para equilibrar o orçamento", frisou.
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