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100 Anos da Escola São José: Primeira escola de Boa Vista, que iniciou com missões católicas e que perdura no coração do povo.

Da Missão Beneditina à Transformação de Vidas, uma celebração de educação e inclusão.

100 Anos da Escola São José: Primeira escola de Boa Vista, que iniciou com missões católicas e que perdura no coração do povo.
Lucas Rosetti
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Nesta terça feira 19, a Escola São José localizada no Centro de Boa Vista celebra 100 anos (centenário) desde sua fundação como a primeira escola da capital  de Roraima. Marcando um século de dedicação à educação e transformação de gerações. Em uma entrevista exclusiva com a Professora Ana Paula Bezerra, gestora da instituição, mergulhamos na história rica e vibrante que moldou essa instituição pioneira.

Desde os primórdios, a Escola São José tem sido uma luz na jornada educacional de Roraima. Fundada em 1924, a instituição tem suas raízes profundamente entrelaçadas com a chegada dos padres beneditinos à região. "A importância da educação e da saúde era o foco da Missão Rio Branco, dos Beneditinos", compartilha a Prof. Ana Paula Bezerra. A missão dos religiosos vai além da evangelização, abraçando também o compromisso com a educação e o bem-estar das comunidades locais.

As freiras beneditinas, que chegaram em 1924, enfrentaram desafios monumentais. Vindas da Itália, sem conhecer o país nem falar a língua local, elas não deixaram que isso as impedisse de assumir a responsabilidade pela escola. "Arregaçaram as mangas e foram em frente, assumiram a escola", relata a Prof. Ana Paula. Foi nesse período que a estrutura da escola começou a se solidificar, com a construção da primeira sala de aula em 1924, atendendo tanto crianças como adultos.

A história da Escola São José está intrinsecamente ligada à história de Roraima. Durante os anos iniciais, a instituição acolheu principalmente filhos de fazendeiros que migravam para a região. "Foi a época em que começaram a entrar para a região norte, para o Amazonas, com a missão de cuidar desse território", explica Ana Paula. A missão dos beneditinos estendia-se também aos povos indígenas, como os Macuxis, que foram integrados ao projeto educacional da escola.

Com o passar dos anos, a Escola São José tornou-se um farol de esperança para muitas famílias. "A população não era tão grande como hoje, mas os trabalhadores desenvolveram um trabalho vibrante", compartilha Ana Paula. A conexão da escola com a religião católica era evidente, refletindo uma época em que o catolicismo era a religião predominante no Brasil.

Ao longo de um século, mais de 10 mil alunos passaram pelos corredores da Escola São José. Muitos deles alcançaram posições de destaque na sociedade, incluindo autoridades, defensores públicos, advogados, médicos e até mesmo deputados. "Eu mesma estudei aqui nos anos 80", confessa a Prof. Ana Paula. Sua jornada de estudante à gestora da escola é um testemunho do impacto duradouro que a instituição tem na vida de seus alunos.

Mas, mesmo após cem anos, a missão da Escola São José permanece a mesma: proporcionar educação de qualidade e inclusiva para todos. "Não é só a inclusão do aluno com necessidades especiais, é a inclusão de todos, o direito deles à escola", ressalta a Gestora. Em um mundo em constante mudança, a escola continua a acolher tanto indígenas quanto migrantes de diferentes nacionalidades, promovendo a diversidade e a igualdade de oportunidades.

Enquanto a Escola São José celebra seu centenário, olha também para o futuro, comprometida em continuar sendo uma fonte de inspiração e transformação para as gerações vindouras. A história da instituição é um lembrete poderoso do poder da educação para moldar o destino de indivíduos e comunidades, uma jornada que continua a escrever novos capítulos de sucesso e realização.

FONTE/CRÉDITOS: Libia López
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