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Evacuações aeromédicas marcam atuação humanitária das Forças Armadas na Operação Catrimani II

Após o acionamento da aeronave, o paciente é transportado para a Base Aérea de Boa Vista, onde ambulâncias realizam o translado final até o hospital.

Evacuações aeromédicas marcam atuação humanitária das Forças Armadas na Operação Catrimani II
Foto divulgação - Forças Armadas
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Desde o início da Operação Catrimani II, em abril de 2024, as Forças Armadas já realizaram dez evacuações aeromédicas (EVAM) na Terra Indígena Yanomami (TIY). As ações ocorreram em condições adversas, em áreas de difícil acesso da floresta amazônica, onde o apoio médico especializado mais próximo está a centenas de quilômetros de distância. As missões foram realizadas com o objetivo de salvar vidas de militares, indígenas e civis envolvidos nas atividades da operação ou residentes nas comunidades locais.

As evacuações foram necessárias devido a diversas ocorrências de saúde: desde traumas graves até doenças tropicais, acidentes com animais peçonhentos e urgências e emergências clínicas. No total, foram transportados 20 pacientes de localidades como Waikás, Pakilapi, Surucucu, Kayanaú e Porto do Arame. Das dez evacuações, quatro ocorreram à noite, exigindo o uso de aeronaves com capacidade de operação noturna.

Durante a Operação Catrimani II, os deslocamentos aéreos, fluviais e terrestres em áreas de mata fechada, quando possíveis, aumentam consideravelmente os riscos para civis e militares. Além disso, o afastamento entre as comunidades indígenas e os centros urbanos com hospitais estruturados exige que as respostas a emergências sejam altamente coordenadas e técnicas.

 Foto divulgação: Forças Armadas

 

Em todos os casos de EVAM, assim que o protocolo é acionado, uma equipe de saúde especializada tem até uma hora para estar pronta e iniciar o deslocamento até o local de atendimento. Essa equipe é formada por: um Oficial Médico, um Sargento de Saúde, um Cabo ou Soldado padioleiro e um motorista de ambulância, permanecendo o veículo disponível no pátio da Base Aérea de Boa Vista (BABV).

Aeronaves e logística de resgate

As aeronaves empregadas incluem o HM-1 Pantera, do Exército Brasileiro, UH-15 Super Cougar, da Marinha do Brasil e o H-60 Black Hawk, da Força Aérea Brasileira, todas integradas ao Comando Conjunto.

Após o acionamento da aeronave, o paciente é transportado para a Base Aérea de Boa Vista, onde ambulâncias (militares ou do SAMU) realizam o translado final até o hospital designado.

Vidas salvas

O EVAM mais recente ocorreu na noite de 9 de junho, quando um indígena da etnia yanomami, de 20 anos, foi evacuado com urgência de Kayanaú. Ele havia sofrido um ferimento grave por arma branca na região abdominal, apresentando forte hemorragia e risco iminente de morte.

Anteriormente, no dia 6 de junho, foi realizada a evacuação de um militar que atuava na base de apoio às ações contra o garimpo ilegal em Pakilapi, com suspeita de malária. Sobre esse caso, o médico militar responsável destacou a importância do preparo técnico da equipe de saúde:

“No Exército, é oferecido o curso de Atendimento Pré-Hospitalar Tático (APH Tático), que capacita os profissionais de saúde para prestarem os primeiros socorros de forma eficiente, independentemente do ambiente ou da situação em que estejam atuando”.

A Operação Catrimani II, além de apoiar ações de desintrusão e combate ao garimpo ilegal, também cumpre um papel humanitário de extrema relevância ao garantir atendimento médico emergencial em regiões isoladas e carentes de estrutura básica.

FONTE/CRÉDITOS: Com informações Forças Armadas.
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