A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (30), a Operação Caixa Preta, com o objetivo de investigar crimes eleitorais ocorridos em Roraima. A ação é resultado de uma investigação iniciada após a apreensão de R$ 500 mil em espécie, realizada em setembro de 2024, às vésperas das eleições municipais.
Nesta nova fase da operação, estão sendo cumpridos dez mandados de busca e apreensão nos estados de Roraima e Rio de Janeiro. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 10 milhões das contas bancárias dos investigados. A operação mira o desmantelamento de uma possível rede de corrupção voltada para compra de votos e financiamento irregular de campanhas eleitorais.
A apreensão dos R$ 500 mil, que motivou o início da investigação, foi uma entre várias ações conduzidas pela PF durante o período eleitoral de 2024. À época, outras operações resultaram na apreensão de mais de R$ 2,8 milhões em diferentes municípios roraimenses, além da prisão de 19 pessoas em flagrante por compra de votos, posse de listas de eleitores e uso de transferências via PIX para aliciamento.
Em uma das ações mais emblemáticas de 2024, um vereador foi preso com armas, munições, documentos eleitorais, ouro e cerca de R$ 26 mil em espécie. Já em outras cidades, como Pacaraima, Mucajaí, Alto Alegre e São Luiz do Anauá, a Polícia Federal apreendeu materiais de campanha, dinheiro em espécie e celulares usados na organização dos crimes.
Segundo a PF, a Operação Caixa Preta aprofunda essas investigações e busca identificar os articuladores do esquema, bem como a origem e o destino dos recursos financeiros. As apurações seguem em andamento sob sigilo judicial.
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